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Acabar com as sucatas ilegais até 2010
28/03/2008

CCDR-N promete acabar com as sucatas ilegais até 2010

As sucatas do Norte do país vão ter de ser legalizadas ou removidas em dois anos. Vice-presidente da CCDR-N anunciou “tolerância zero a esta situação”.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) anunciou, esta terça-feira, os planos de acção para a área do ambiente, que têm como prioridades a qualidade do ar, o passivo ambiental (áreas mineiras degradadas, pedreiras abandonadas, depósitos de sucatas) e os resíduos sólidos urbanos.

Carlos Borrego, perito da Universidade de Aveiro, responsável pela coordenação deste plano, destacou que é necessário garantir a qualificação, a intervenção e, se necessário, a remoção das sucatas que não cumprem a lei. Já o vice-presidente da CCDR-N, Paulo Gomes, anunciou “tolerância zero para a manutenção desta situação”.

“As sucatas ilegais vão ter de ser legalizadas ou, se não tiverem condições, terão de ser removidas”, anunciou o vice-presidente da instituição. Para resolver este problema, a CCDR-N explicou que vão ter de ser as autarquias a solucioná-lo, dando o exemplo do concelho de Braga que já tomou iniciativas para legalizar esta actividade.

De acordo com o relatório preliminar que explana os planos de acção para o ambiente, os depósitos de sucatas ilegais na região Norte rondam os 81% do total. Em Gaia, existem 63 destas sucatas, Matosinhos acolhe 26 e na Trofa estão 21 que funcionam sem licença. Carlos Gomes deixa o aviso de que são precisas regras, apesar da importância que estes locais têm para a economia e para o ambiente.

São precisos mecanismos de remoção dos veículos que estão em sucatas ilegais para que consigam atingir o objectivo de “0% de sucatas ilegais em 2010”, rematou o vice-presidente.

A CCDR-N destacou a intenção dos concelhos de Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, que estão já a intervir para a resolução deste problema, com a criação de um parque de sucata que sirva os três municípios.

O problema das pedreiras abandonadas carece de soluções mais eficientes visto que apesar do levantamento feito ainda não existe um número concreto de quantas estão abandonadas. O custo de intervenção deve ser suportado pelas autarquias. No concelho de Vila Nova de Gaia existem 103 pedreiras sem exploração ou abandonadas tal como na Maia (70), em Arouca (54) e Santa Maria da Feira (38).

“É fundamental sensibilizar a população, as empresas e as autarquias”

As acções prioritárias para o período entre 2008 e 2010 são “melhorar a qualidade de vida dos cidadãos através da qualificação do território, tornando-o atractivo e competitivo” com objectivos traçados dentro de cada plano de acção.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte anunciou que as suas “metas ultrapassam as exigências europeias e que o objectivo é surpreender e mostrar que a região Norte se preocupa com a melhoria das condições ambientais”, concluiu Paulo Gomes.

Fonte: Jornalismo Porto Net


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