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Famílias recebem cheques para poupar energia
13/08/2008

Factura de electricidade em Setembro vai ter vale para trocar por lâmpadas eficientes.

Tenha atenção à sua caixa de correio a partir de Setembro. No meio da correspondência poderá estar um brinde do Governo. Não será certamente um reembolso adicional do IRS, mas sim um incentivo à redução da sua conta de electricidade.

Em causa está um vale que lhe dará acesso a cinco lâmpadas com alta eficiência energética, num total de três milhões de lâmpadas que serão distribuídas pelas famílias portuguesas. O objectivo é promover a poupança energética, um tema que ganhou novos contornos com a crescente escalada no preço do petróleo. Sobretudo depois de a factura energética nacional ter ultrapassado a fasquia dos sete mil milhões de euros anuais.

O Governo acredita que esta iniciativa abrangerá 13% do número de casas destinadas a habitação permanente e ajudará a cumprir um quinto do compromisso assumido com Bruxelas em matéria de eficiência energética – Portugal terá que reduzir 20%, até 2020. Calcula-se ainda que esta distribuição alargada de lâmpadas se traduza numa poupança de dez a 12 milhões de euros em custos com electricidade e licenças de emissões de CO2.

Para cada família, as contas prometem ser igualmente atractivas: poderá representar uma diminuição de 30% da factura de energia. Mais especificamente, cerca de 70 euros anuais.

A prioridade do Executivo de Sócrates serão os agregados familiares mais carenciados – qualquer coisa como 500 a 600 mil casas. Para evitar errar o alvo, está já a ser definida a grelha que permitirá fazer a triagem das famílias.

Segundo fonte do Ministério da Economia, as atenções irão recair sobre as famílias com menores consumos de electricidade e menor potência contratada. Uma opção que restringe o risco de atingir segundas habitações ou contadores de escadas e elevadores.

Os portugueses contemplados poderão, assim, dirigir-se a qualquer grande superfície comercial dos grupos Sonae ou Jerónimo Martins (Modelo Continente, Pingo Doce ou Feira Nova) ou a qualquer loja da EDP e trocar o vale pelas lâmpadas de nova geração que consomem, em média, menos 80% de electricidade do que as lâmpadas convencionais. A seu favor joga ainda a durabilidade, entre seis a oito anos. Um factor que compensa o seu elevado custo – três a quatro vezes mais, face às lâmpadas tradicionais. Mas se quiser evitar o incómodo da deslocação, tem sempre a possibilidade de recorrer a um número verde e receber as lâmpadas por correio.

Outro alvo desta campanha nacional são as escolas do ensino básico do segundo e terceiro ciclos. O objectivo é simples: sensibilizar comportamentos futuros. Aqui, cada aluno receberá três a quatro lâmpadas eficientes por cada uma que traga de casa. Esta fase da campanha promete abranger 1,5 milhões de lâmpadas.

Apesar da magnitude da iniciativa, o seu custo está avaliado nuns escassos seis milhões de euros. Verba que será suportada pela EDP, Sonae, Jerónimo Martins e CTT, bem como pelo Fundo Inovação, um instrumento criado pelo Governo no âmbito dos concursos lançados para atribuição de licenças eólicas.

EDP investe sete milhões na eficiência energética

Há muito que a EDP aderiu à moda da eficiência energética. Só no ano passado, a maior eléctrica portuguesa distribuiu 700 mil lâmpadas economizadoras pelos clientes particulares. Em 2008, deverão ser distribuídas mais 700 mil lâmpadas especiais. A utilização destas lâmpadas reduz o consumo de energia em 80% – quando comparado com a utilização de lâmpadas incandescentes. No total, e somando todos os projectos de eficiência energética, a EDP quer investir sete milhões de euros, só este ano. Com estas campanhas, a eléctrica nacional pretende poupar 47 milhões de euros na factura energética de clientes particulares e empresariais. A empresa está a promover a venda de frigoríficos e arcas congeladoras eficientes e oferece 50 euros a quem comprar um destes electrodomésticos eficientes.

Fonte: Diário Económico


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