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Minimizar a produção de resíduos e a Utilização do Plástico
02/09/2014

Como consequência de qualquer actividade desenvolvida pelo Homem a produção de resíduos é inevitável! Porém está ao alcance de todos, através da prevenção, fazer com que esses mesmos resíduos não constituam um tão grande problema ambiental, trabalhando activamente na sua redução e eliminação mais adequada. Mas para atingir este pressuposto é necessário pensar um pouco na questão e planear como pode e deve ser feito.
Sabendo de antemão que o tema daria para um livro e não para um artigo, deixamos aqui para reflexão:

MINIMIZAR A PRODUÇÃO DE RESÍDUOS: PRIORIDADE!
# Até que ponto pode, na sua actividade, redução de resíduos na origem?
A utilização de novas tecnologias, a reformulação de métodos de trabalho ou a utilização de diferentes matérias-primas podem contribuir para que logo no início de um ciclo de produto ou serviço se gerem menores quantidades de resíduos. Repensar a forma de produzir pode ser a chave da mudança.
# Até que ponto é possível a reutilização?
Produtos ou matérias-primas mais amigas do ambiente podem ser responsáveis por um acréscimo considerável de reaproveitamentos e consequente poupança de recursos naturais e económicos. Consumir menos pode ser melhor! O poupar no custo das matérias-primas pode gerar aumento de produtividade.
# Até onde pode ir a reciclagem?
Uma eficaz gestão dos resíduos da actividade não acarreta à estrutura da empresa apenas custos. Cada vez mais é pertinente triar os resíduos valorizáveis e negociar a sua entrega aos operadores licenciados. A reciclagem fecha o circulo “alimentando” uma desejável minimização de resíduos.

No fundo, trabalhando nestas três vertentes, não só estamos a cumprir com a legislação em vigor como estamos a desempenhar o papel responsável que as futuras gerações esperam de nós.
Por isso sugerimos que, em consciência, cada empresa promova o seu estudo de minimização de resíduos. Deste modo terá um maior conhecimento da situação ambiental da empresa, conseguirá reduzir a perigosidade dos resíduos com que opera exercendo um mais controlo sobre as matériasprimas e recursos disponíveis, optimiza e aumenta a sua eficiência no que concerne à produção, protege a saúde dos seus colaboradores e apresenta um risco ambiental menor, sem deixar de apresentar para clientes e fornecedores uma imagem positiva e moderna.
Para isso necessita planear, segundo a sua actividade, como abordar a questão, os recursos humanos directamente envolvidos, motivá-los à mudança explicando o objectivo e como cada contribuição é importante. Só depois estarão em posição de implementar uma auditoria, orientada para os fins que a empresa definiu na sua estratégia, e finalmente organizar o modo de colocar em prática os resultados obtidos.
Ás vezes tudo começa com uma simples pergunta:
Que custos tenho eu com os meus resíduos?
É aqui que muitos Associados se revêem no trabalho desenvolvido pela APAMB, ano após ano, quando abraçam o nosso aconselhamento anual!

UTILIZAÇÃO DO PLÁSTICO

Um estudo realizado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa em 11 praias do litoral continental português (2010/2014) mostra uma predominância de materiais de plástico em 97% das amostras recolhidas, dos quais 27% são fragmentos de plástico e resíduos de sacos.
Estima-se que cada cidadão europeu consome em média 198 sacos de plástico por ano e, segundo a Comissão Europeia, o consumo em Portugal rondará os 466 sacos.
Em Portugal, a maioria dos sacos leves oferecidos são oxo-degradáveis (“100% degradável” – sacos de plástico com aditivo que acelera a degradação).
Em 14/01/14, o Parlamento Europeu apelou para que a União Europeia definisse medidas para reduzir os resíduos de plástico no ambiente, especificamente no lixo marinho, tendo sido aprovada uma proposta que aponta para reduzir o uso de sacos de plástico leves
em 50% até 2017 e 80% até 2019.
(Fonte: Público – 12.07.2014)

Um estudo realizado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa em 11 praias do litoral continental português (2010/2014) mostra uma predominância de materiais de plástico em 97% das amostras recolhidas, dos quais 27% são fragmentos de plástico e resíduos de sacos.
O consumo de sacos de plástico descartáveis ou sacos leves tem sido cada vez mais elevado. Estima-se que cada cidadão europeu consome em média 198 sacos de plástico por ano e, segundo a Comissão Europeia, o consumo em Portugal rondará os 466 sacos.
Os sacos leves, pela fragilidade, são difíceis de reutilizar, sendo considerados embalagens de curta-duração (uso <12 horas). Em Portugal, a maioria dos sacos leves oferecidos são oxo-degradáveis ("100% degradável" - sacos de plástico com aditivo químico que acelera a degradação). Em 2011, a Quercus alertou para o fato de estes sacos não cumprirem critérios de compostabilidade (norma CEN13432), não poderem ser tratados com matéria orgânica, assim como poderem fragilizar os processos de reciclagem, restando-lhes a incineração ou aterro.
Em 14/01/14, o Parlamento Europeu apelou para que a União Europeia definisse medidas para reduzir os resíduos de plástico no ambiente, especificamente no lixo marinho, tendo sido aprovada uma proposta que aponta para reduzir o uso de sacos de plástico leves em 50% até 2017 e 80% até 2019.
Para alcançar esta meta, a Quercus apresentou ao ministro do Ambiente e grupos parlamentares, uma proposta que propõe a adoção de medidas graduais distribuídas em 4 anos, entre as quais a implementação/aumento do número de eco-caixas (onde não oferecem sacos).
Para os hipermercados as medidas deverão ser acompanhadas de “metas de redução”: 25% no 1.º ano, 50% no 2.º ano, 75% no 3.º ano e 100% até ao 4.º ano - a partir do qual não há oferta de sacos. Para o restante comércio, a redução deverá ser feita no mesmo período, sem metas pré-definidas.
(Fonte: Público 12.07.2014)



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